sábado, 8 de outubro de 2011

Essências

Uns magoaram-me, outros fizeram-me feliz...
Muitos passaram, alguns ficarão...
Alguns conhecem minha pessoa, poucos a minha essência...
Ninguém conhecerá minha alma.
Alguns conheceram a minha alegria, poucos contribuirão para a minha felicidade...
Daqui a alguns anos alguns se esquecerão, outros se arrependerão, nenhum voltará a tentar....
Porque a vida se faz de oportunidades perdidas e aproveitadas, de saltos no abismo, de riscos no desconhecido, de medos enfrentados.
Quando já não suportamos a vida que temos, a melhor forma é perdermos o controlo do nada que possuímos e seguir em frente.
Olhamos para trás para termos a certeza de que não estamos sozinhos, de que deixamos rasto, marca....
Olhamos para trás na esperança de que alguém se lembre de nós assim que a nossa imagem desaparece na neblina...
A paz de espírito que alguns dizem encontrar, um subterfúgio inconsciente, o esconderijo, de termos encontrado a plenitude de algo que não sabemos o que é...
A paz de espírito encontra-se quando temos a certeza de que tudo ao nosso alcance foi feito e tentado.... Mas o espírito é um ser inquieto!! E quem consegue controlar algo que busca o infinito incessantemente??!?!? Quem acalma o grito que pulsa no sangue vivo que corre nas veias?!??!!?
Que sabes tu do que é a paz, se nunca viveste em guerra?!??!
Que sabes tu do que é feita a plenitude se sempre foste um tanque, contendo a mesma água?!?!
Corre minha criança, corre... foge do teu bicho papão. Esconde-te debaixo das saias seguras da doce ilusão... elas são véus que te impedem de ver o que está para lá... elas te abraçam e te tocam, como um beijo, doce e ténue.... Irreal, porém.
Não chores meu menino, não chores... o perigo já passou. Vive a tua fantasia de novo... constrói o teu castelo de espuma.
Lá fora esperarei por ti.

Sem comentários:

Enviar um comentário