segunda-feira, 21 de novembro de 2011
São as Pessoas como Tu
São as pessoas como tu que fazem com que o nada queira dizer-nos algo, as coisas vulgares se tornem coisas importantes e as preocupações maiores sejam de facto mais pequenas. São as pessoas como tu que dão outra dimensão aos dias, transformando a chuva em delirante orvalho e fazendo do inverno uma estação de rosas rubras.
As pessoas como tu possuem não uma, mas todas as vidas. Pessoas que amam e se entregam porque amar é também partilhar as mãos e o corpo. Pessoas que nos escutam e nos beijam e sabem transformar o cansaço numa esperança aliciante, tocando-nos o rosto com dedos de água pura, soltando-nos os cabelos com a leveza do pássaro ou a firmeza da flecha. São as pessoas como tu que nos respiram e nos fazem inspirar com elas o azul que há no dorso das manhãs, e nos estendem os braços e nos apertam até sentirmos o coração transformar o peito numa música infinita. São as pessoas como tu que não nos pedem nada mas têm sempre tudo para dar, e que fazem de nós nem ícaros nem prisioneiros, mas homens e mulheres com a estatura da vida, capazes da beleza e da justiça, do sofrimento e do amor. São as pessoas como tu que, interrogando-nos, se interrogam, e encontram a resposta para todas as perguntas nos nossos olhos e no nosso coração. As pessoas que por toda a parte deixam uma flor para que ela possa levar beleza e ternura a outras mãos. Essas pessoas que estão sempre ao nosso lado para nos ensinar em todos os momentos, ou em qualquer momento, a não sentir o medo, a reparar num gesto, a escutar um violino. São as pessoas como tu que ajudam a transformar o mundo.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Praxis - a visão do espelho
Hoje vi um filme polémico....
Na cidade onde vivo, quase explosivo, incendiário.
Um filme que pretende dar uma pequena espreitadela ao mundo universitário, acabou por provocar um tumulto em plena sala de espectáculos...
Em boa verdade nada do que passou nas filmagens pode ser chamado de praxe!
Em boa verdade tudo o que passou no filme aconteceu, e acontece, na realidade.
Ouviram-se opiniões tão opostas quanto o dia da noite... errou-se em não haver um meio termo.
Todos os pontos de vista têem o seu quê de razão... na minha opinião.
Vamos falar sobre o que aconteceu.
O filme mostra uma dita praxe baseada na humilhação do ser humano em prol de outro....
O filme mostra uma praxe aceite a nível geral, combatida por poucos, que tem pouco conteúdo cultural, pedagógico e de integração.
O problema do filme não é a praxe. O problema da praxe é a bola de neve criada por maus praxistas.
Um mau praxista que não é corrigido, ensina aos seus caloiros a praxar mal.. e por ai adiante!
O problema é que os doutores praxistas permitiram ao longo dos tempos a má praxe. Foram subservientes com pequenos abusos e distorções do código de praxe até à total deturpação da mesma.
Juntar isto à cultura da liberalização da educação dos mais novos é igual ao filme que vimos.
Eu aprendi a praxar pelo velho código, pela velha conduta. Eu soube o código de trás para a frente, porque me interessei por saber, por ter sido educada sobre regras e condutas, por saber que tudo ter uma ordem e um lugar, tudo tem limites... até a anarquia é hierarquizada e organizada!
Na minha praxe conheci uma cidade estranha, amigos que nunca tinha visto, culturas que nunca imaginei, ideias e vidas nunca pensadas.
Em boa verdade é isto que é a praxe. Aproximar pessoas de diferentes lugares, integrá-los numa cidade e num projecto de vida e fazê-los sentir em casa.
Sou a favor das pessoas anti-praxe. Mas só e apenas quando as pessoas que se declaram anti praxe se deixam praxar ou tomam conhecimento do que é realmente a praxe e do seu código e mesmo assim não concordam com ela. Todos temos direito a poder escolher e não ser posto de lado ou criticado por isso. Mas sempre com o devido conhecimento de causa. Dizer que somos contra ou que não concordamos sem sequer sabermos do que estamos a falar, só porque alguém disse que não era bom, não era correcto é a mesma coisa que ser um espectro de pessoa vagueante no mundo, sem rosto nem opinião, apenas pequenas visões dos outros.
sábado, 8 de outubro de 2011
Essências
Uns magoaram-me, outros fizeram-me feliz...
Muitos passaram, alguns ficarão...
Alguns conhecem minha pessoa, poucos a minha essência...
Ninguém conhecerá minha alma.
Alguns conheceram a minha alegria, poucos contribuirão para a minha felicidade...
Daqui a alguns anos alguns se esquecerão, outros se arrependerão, nenhum voltará a tentar....
Porque a vida se faz de oportunidades perdidas e aproveitadas, de saltos no abismo, de riscos no desconhecido, de medos enfrentados.
Quando já não suportamos a vida que temos, a melhor forma é perdermos o controlo do nada que possuímos e seguir em frente.
Olhamos para trás para termos a certeza de que não estamos sozinhos, de que deixamos rasto, marca....
Olhamos para trás na esperança de que alguém se lembre de nós assim que a nossa imagem desaparece na neblina...
A paz de espírito que alguns dizem encontrar, um subterfúgio inconsciente, o esconderijo, de termos encontrado a plenitude de algo que não sabemos o que é...
A paz de espírito encontra-se quando temos a certeza de que tudo ao nosso alcance foi feito e tentado.... Mas o espírito é um ser inquieto!! E quem consegue controlar algo que busca o infinito incessantemente??!?!? Quem acalma o grito que pulsa no sangue vivo que corre nas veias?!??!!?
Que sabes tu do que é a paz, se nunca viveste em guerra?!??!
Que sabes tu do que é feita a plenitude se sempre foste um tanque, contendo a mesma água?!?!
Corre minha criança, corre... foge do teu bicho papão. Esconde-te debaixo das saias seguras da doce ilusão... elas são véus que te impedem de ver o que está para lá... elas te abraçam e te tocam, como um beijo, doce e ténue.... Irreal, porém.
Não chores meu menino, não chores... o perigo já passou. Vive a tua fantasia de novo... constrói o teu castelo de espuma.
Lá fora esperarei por ti.
Muitos passaram, alguns ficarão...
Alguns conhecem minha pessoa, poucos a minha essência...
Ninguém conhecerá minha alma.
Alguns conheceram a minha alegria, poucos contribuirão para a minha felicidade...
Daqui a alguns anos alguns se esquecerão, outros se arrependerão, nenhum voltará a tentar....
Porque a vida se faz de oportunidades perdidas e aproveitadas, de saltos no abismo, de riscos no desconhecido, de medos enfrentados.
Quando já não suportamos a vida que temos, a melhor forma é perdermos o controlo do nada que possuímos e seguir em frente.
Olhamos para trás para termos a certeza de que não estamos sozinhos, de que deixamos rasto, marca....
Olhamos para trás na esperança de que alguém se lembre de nós assim que a nossa imagem desaparece na neblina...
A paz de espírito que alguns dizem encontrar, um subterfúgio inconsciente, o esconderijo, de termos encontrado a plenitude de algo que não sabemos o que é...
A paz de espírito encontra-se quando temos a certeza de que tudo ao nosso alcance foi feito e tentado.... Mas o espírito é um ser inquieto!! E quem consegue controlar algo que busca o infinito incessantemente??!?!? Quem acalma o grito que pulsa no sangue vivo que corre nas veias?!??!!?
Que sabes tu do que é a paz, se nunca viveste em guerra?!??!
Que sabes tu do que é feita a plenitude se sempre foste um tanque, contendo a mesma água?!?!
Corre minha criança, corre... foge do teu bicho papão. Esconde-te debaixo das saias seguras da doce ilusão... elas são véus que te impedem de ver o que está para lá... elas te abraçam e te tocam, como um beijo, doce e ténue.... Irreal, porém.
Não chores meu menino, não chores... o perigo já passou. Vive a tua fantasia de novo... constrói o teu castelo de espuma.
Lá fora esperarei por ti.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
And so I leave...
E assim parto...
largo tua mão e sigo meu caminho...
choro a tua ausência, mas não chores a minha
de ti não partirei tão cedo, meu espírito olhará por ti enquanto dormes
minha mão acariciará tua face no teu sono, meu amor te protegerá das sombras que perseguem teu caminho.
Caminho em passo lento e pesaroso, olhar por cima do ombro,
vislumbrando teu rosto mais uma vez, não pela última vez...
A lágrima que escorre será a água que matará tua sede,
na longa caminhada que percorres em busca de algo que te complete.
Não chores, porque eu estarei ali, dois passos atrás de ti, atrás da árvore do teu caminho, pronta para vir em teu auxílio.
Parto, mais nada posso fazer aqui...
tudo foi dito e feito, talvez até de mais.
Parto, porque minha presença se tornou pesada quando devia ser leve,
tolerável, quando devia ser agradável, apreciada.
Lembra minha mão calma no teu rosto, meu olhar pacifico nos teus olhos, meu corpo quente na tua pele.
Lembra o sorriso, o riso e o abraço, o beijo... tudo o resto deita fora.
Guarda o sentimento e não o ressentimento, a paz e não a guerra, o amor e não a indiferença.
Guarda-me a mim junto de ti e tudo o resto deita fora.
São futilidades de um caminho.
E se um dia me quiseres, fecha os olhos e sente-me no ar...
Pode ser que quando os abrires, eu esteja ao teu lado.
largo tua mão e sigo meu caminho...
choro a tua ausência, mas não chores a minha
de ti não partirei tão cedo, meu espírito olhará por ti enquanto dormes
minha mão acariciará tua face no teu sono, meu amor te protegerá das sombras que perseguem teu caminho.
Caminho em passo lento e pesaroso, olhar por cima do ombro,
vislumbrando teu rosto mais uma vez, não pela última vez...
A lágrima que escorre será a água que matará tua sede,
na longa caminhada que percorres em busca de algo que te complete.
Não chores, porque eu estarei ali, dois passos atrás de ti, atrás da árvore do teu caminho, pronta para vir em teu auxílio.
Parto, mais nada posso fazer aqui...
tudo foi dito e feito, talvez até de mais.
Parto, porque minha presença se tornou pesada quando devia ser leve,
tolerável, quando devia ser agradável, apreciada.
Lembra minha mão calma no teu rosto, meu olhar pacifico nos teus olhos, meu corpo quente na tua pele.
Lembra o sorriso, o riso e o abraço, o beijo... tudo o resto deita fora.
Guarda o sentimento e não o ressentimento, a paz e não a guerra, o amor e não a indiferença.
Guarda-me a mim junto de ti e tudo o resto deita fora.
São futilidades de um caminho.
E se um dia me quiseres, fecha os olhos e sente-me no ar...
Pode ser que quando os abrires, eu esteja ao teu lado.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Existem, pura e simplesmente, pessoas assim...
Existem pessoas que precisariam sobreviver
além da eternidade
e não deveriam obedecer a regra de que
a vida é uma passagem.
Poderiam ser como o sol, a lua, o mar
que nunca desaparecem ou mudam de lugar.
Existem pessoas que possuem a alma tão pura,
tão grande e impregnada de tanta ternura
que não poderiam jamais sofrer ou morrer
para evitar que a vida de muitos
viesse a escurecer.
Existem pessoas com cheiro de orvalho
e que não são simples caminhos,
são grandes atalhos.
Existem pessoas com um brilho extraordinário,
pessoas semelhantes as primaveras,
com flores coloridas e muito belas.
Existem pessoas que,
apesar da aparência de um cristal, possuem
uma imensa força espiritual e uma garra
sobrenatural.
Existem pessoas que são dia por que possuem
uma ousadia em se tratando de viver
e nunca se parecerão com a noite
que insiste em escurecer.
Existem pessoas que são como um presente
que nunca terminamos de desembrulhar
deixando, assim,
na nossa mente um toque de surpresa
que jamais vai acabar.
Existem pessoas infinitamente diferentes,
existe nesse mundo muita gente
que deveria se espelhar
no tipo de pessoa que acabei de mencionar.
Mas… pessoas especiais não nascem toda hora,
não vivem e simplesmente vão embora,
elas nos marcam de forma tão poderosa,
que a vida, mesmo depois delas,
ainda é saborosa.
Existe na minha vida uma pessoa especial
apesar do seu jeito parecer tão normal.
Essa pessoa é meu depósito de carinho,
é o meu herói, é o meu velhinho,
é o Pai que Deus colocou no meu caminho.
Silvana Duboc.
além da eternidade
e não deveriam obedecer a regra de que
a vida é uma passagem.
Poderiam ser como o sol, a lua, o mar
que nunca desaparecem ou mudam de lugar.
Existem pessoas que possuem a alma tão pura,
tão grande e impregnada de tanta ternura
que não poderiam jamais sofrer ou morrer
para evitar que a vida de muitos
viesse a escurecer.
Existem pessoas com cheiro de orvalho
e que não são simples caminhos,
são grandes atalhos.
Existem pessoas com um brilho extraordinário,
pessoas semelhantes as primaveras,
com flores coloridas e muito belas.
Existem pessoas que,
apesar da aparência de um cristal, possuem
uma imensa força espiritual e uma garra
sobrenatural.
Existem pessoas que são dia por que possuem
uma ousadia em se tratando de viver
e nunca se parecerão com a noite
que insiste em escurecer.
Existem pessoas que são como um presente
que nunca terminamos de desembrulhar
deixando, assim,
na nossa mente um toque de surpresa
que jamais vai acabar.
Existem pessoas infinitamente diferentes,
existe nesse mundo muita gente
que deveria se espelhar
no tipo de pessoa que acabei de mencionar.
Mas… pessoas especiais não nascem toda hora,
não vivem e simplesmente vão embora,
elas nos marcam de forma tão poderosa,
que a vida, mesmo depois delas,
ainda é saborosa.
Existe na minha vida uma pessoa especial
apesar do seu jeito parecer tão normal.
Essa pessoa é meu depósito de carinho,
é o meu herói, é o meu velhinho,
é o Pai que Deus colocou no meu caminho.
Silvana Duboc.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Inconfidências 6
visitas...
este fim de semana visitei as minhas avós...
duas mulheres de força, de garra, que deram nome à familia que carregaram..
as duas em planos diferentes, pelo menos por enquanto, me ajudaram e me educaram para ser mais uma mulher guerreira, para dar continuação à fama e ao nome das mulheres da familia.
Na primeira visita, levei outra mulher, a minha mãe, visitar outra mulher que permanece junto de sua mãe...
parece-vos confuso?? eu explico..
este fim de semana decidi dar amor às mulheres da familia... às que merecem, às que tudo fizeram pelos seus amados, pela sua carne, pelo seu sangue.
comprei rosas brancas, sinal de respeito, lealdade, amor fraterno, sinal de tudo o que lhe quisermos dar e ofereci, a estas guerreiras..
Primeiro à minha mãe, que é a minha guerreira-mor, que sempre deu tudo por mim, apesar de nem sempre eu ter dado tudo por ela...
Depois à minha tia e avó materna, que permanecem juntas na última morada, que sempre foram referências e marcos na minha vida...
sinto falta delas...
de formas muito minhas tenho procurado por vós nas minhas acções, nos meus pedidos...
sinto conforto pensar que vocês acolhem minhas orações, nossas conversas, minhas dores... sei que olham por mim, e que não há dor nenhuma que sinta, que seja exagerada, ou sem cabimento, todas elas trazem uma lição que tenho de aprender.
talvez por isso, esteja a dar verdadeiro valor a quem me quer bem, a quem me faz bem, sem esperar retorno.
Visitei também outra mulher da minha vida, uma mar dentro de uns olhos pequenos, meigos, compreensivos... a minha avó paterna.
há algum tempo que não a via... o medo de mais uma vez não me reconheceres era grande, a dor de te ver perdida entre a realidade e a ilusão enorme... mas desta vez, estavas cá. quase chorei...
adorei ouvir novamente o teu riso, ver o teu sorriso rasgado, o brilho nos teus olhos... quase chorei...
sei que a tua memoria de peixe já te tirou a recordação da minha visita, mas não poderá roubar da minha... ficou marcado para sempre no meu coração.
"os anos tiram-nos tudo... agora já me conformei.." disseste tu.
sentia-se a dor na tua voz... apertou-se-me o coração.
sei o que querias dizer...
não subas a montanha da vida sozinha... não o tens de fazer.
verás que tudo se torna mais fácil, com mais sentido, mais prazer e significado, se o fizeres com alguém do teu lado... eu sei, avó.
mas a escolha não é só minha... antes fosse.
senti um amor enorme sair dentro de mim ao ver a paz do teu olhar, apertando a minha mão na despedida, esperando não ser a despedida...
adoro-vos mulheres da minha vida, espero que um dia possa dar-vos o orgulho de ter tido uma vida plena, de ter feito juz às mulheres que somos...
este fim de semana visitei as minhas avós...
duas mulheres de força, de garra, que deram nome à familia que carregaram..
as duas em planos diferentes, pelo menos por enquanto, me ajudaram e me educaram para ser mais uma mulher guerreira, para dar continuação à fama e ao nome das mulheres da familia.
Na primeira visita, levei outra mulher, a minha mãe, visitar outra mulher que permanece junto de sua mãe...
parece-vos confuso?? eu explico..
este fim de semana decidi dar amor às mulheres da familia... às que merecem, às que tudo fizeram pelos seus amados, pela sua carne, pelo seu sangue.
comprei rosas brancas, sinal de respeito, lealdade, amor fraterno, sinal de tudo o que lhe quisermos dar e ofereci, a estas guerreiras..
Primeiro à minha mãe, que é a minha guerreira-mor, que sempre deu tudo por mim, apesar de nem sempre eu ter dado tudo por ela...
Depois à minha tia e avó materna, que permanecem juntas na última morada, que sempre foram referências e marcos na minha vida...
sinto falta delas...
de formas muito minhas tenho procurado por vós nas minhas acções, nos meus pedidos...
sinto conforto pensar que vocês acolhem minhas orações, nossas conversas, minhas dores... sei que olham por mim, e que não há dor nenhuma que sinta, que seja exagerada, ou sem cabimento, todas elas trazem uma lição que tenho de aprender.
talvez por isso, esteja a dar verdadeiro valor a quem me quer bem, a quem me faz bem, sem esperar retorno.
Visitei também outra mulher da minha vida, uma mar dentro de uns olhos pequenos, meigos, compreensivos... a minha avó paterna.
há algum tempo que não a via... o medo de mais uma vez não me reconheceres era grande, a dor de te ver perdida entre a realidade e a ilusão enorme... mas desta vez, estavas cá. quase chorei...
adorei ouvir novamente o teu riso, ver o teu sorriso rasgado, o brilho nos teus olhos... quase chorei...
sei que a tua memoria de peixe já te tirou a recordação da minha visita, mas não poderá roubar da minha... ficou marcado para sempre no meu coração.
"os anos tiram-nos tudo... agora já me conformei.." disseste tu.
sentia-se a dor na tua voz... apertou-se-me o coração.
sei o que querias dizer...
não subas a montanha da vida sozinha... não o tens de fazer.
verás que tudo se torna mais fácil, com mais sentido, mais prazer e significado, se o fizeres com alguém do teu lado... eu sei, avó.
mas a escolha não é só minha... antes fosse.
senti um amor enorme sair dentro de mim ao ver a paz do teu olhar, apertando a minha mão na despedida, esperando não ser a despedida...
adoro-vos mulheres da minha vida, espero que um dia possa dar-vos o orgulho de ter tido uma vida plena, de ter feito juz às mulheres que somos...
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Inconfidências 5 - message in the bottle
My sea…
O meu único, verdadeiro amor…
Lie…
O único que já viu a minha alma, já me tomou inteira, consumiu-me e devolveu-me.
True…
A mensagem era simples e clara, para quem quisesse ver…
Passei a minha vida à procura de algo só visto nos filmes, procurando as mesmas palavras, as mesmas acções, na vida real…
Não existem… a vida não é um filme de várias cenas… apenas de uma…
Que nunca acertas à primeira.
Open your heart, let it be, you’re free, you said…
Eu não ouvi.
Percebi que nunca dei, apenas pedi. Nunca tive a coragem de verdadeiramente lutar, acho.
Amor, não é o meu forte.
You are.
Dito em voz alta já não parece estúpido.
Percebi a diferença entre os filmes e o filme…
Não é prático dormir abraçado, não se adormece a seguir ao amor, nem o lençol se enrola ao corpo…
Acordamos com o ressonar do outro e com o nosso hálito… rimos das cócegas e da boca aberta de quem não respira pelo nariz.
Não há pequeno-almoço na cama porque a preguiça levou-nos a ficar deitados ate ao último minuto…
Passei a vida à procura de um conto de fadas, quando a verdadeira beleza está no quotidiano…
As palavras não saiem fácil...
Ninguém nos diz como vai ser, apenas para escolhermos um caminho e irmos improvisando.
Já escolhi.
O medo, … também faz parte. É ele que ajuda a darmos valor ao bom da vida…
A dúvida, … é ela que nos dá a sensação do certo ou errado…
A perda, … faz-nos dar valor ao que temos.
Recordações,… ondas do mar que vão e vêm consoante a maré, trazendo a imagem de quem nos é precioso… imagens nem sempre nítidas mas carregadas de sentimento, emoção e sensações…
Have you ever seen me cry??
I did.
Nas recordações do meu sorriso, as lágrimas têm-se tornado fiéis amigas…
Não esperes que te dêem aquilo que nunca deste…
Como tinhas razão.
Ir indo e improvisando…
Agora sei o que fazer, e tu?
Será tarde para mais uma volta?
À uma curva para fazer…
O meu único, verdadeiro amor…
Lie…
O único que já viu a minha alma, já me tomou inteira, consumiu-me e devolveu-me.
True…
A mensagem era simples e clara, para quem quisesse ver…
Passei a minha vida à procura de algo só visto nos filmes, procurando as mesmas palavras, as mesmas acções, na vida real…
Não existem… a vida não é um filme de várias cenas… apenas de uma…
Que nunca acertas à primeira.
Open your heart, let it be, you’re free, you said…
Eu não ouvi.
Percebi que nunca dei, apenas pedi. Nunca tive a coragem de verdadeiramente lutar, acho.
Amor, não é o meu forte.
You are.
Dito em voz alta já não parece estúpido.
Percebi a diferença entre os filmes e o filme…
Não é prático dormir abraçado, não se adormece a seguir ao amor, nem o lençol se enrola ao corpo…
Acordamos com o ressonar do outro e com o nosso hálito… rimos das cócegas e da boca aberta de quem não respira pelo nariz.
Não há pequeno-almoço na cama porque a preguiça levou-nos a ficar deitados ate ao último minuto…
Passei a vida à procura de um conto de fadas, quando a verdadeira beleza está no quotidiano…
As palavras não saiem fácil...
Ninguém nos diz como vai ser, apenas para escolhermos um caminho e irmos improvisando.
Já escolhi.
O medo, … também faz parte. É ele que ajuda a darmos valor ao bom da vida…
A dúvida, … é ela que nos dá a sensação do certo ou errado…
A perda, … faz-nos dar valor ao que temos.
Recordações,… ondas do mar que vão e vêm consoante a maré, trazendo a imagem de quem nos é precioso… imagens nem sempre nítidas mas carregadas de sentimento, emoção e sensações…
Have you ever seen me cry??
I did.
Nas recordações do meu sorriso, as lágrimas têm-se tornado fiéis amigas…
Não esperes que te dêem aquilo que nunca deste…
Como tinhas razão.
Ir indo e improvisando…
Agora sei o que fazer, e tu?
Será tarde para mais uma volta?
À uma curva para fazer…
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